3.4.14
2.2.14
26.3.12
10.12.11
Selvageria, volúpia e desejo

Selvageria, volúpia e desejo sem limite é a principal marca da obra prima do diretor Rainer Fassbinder
O que passava na cabeça de Rainer Werner Fassbinder quando filmou Querelle, o romance existencialista e explicitamente homoerótico de Jean Genet? Provavelmente, um misto incógnita de paixão e ódio cujo resultado artístico é inegável, principalmente na fotografia e nos figurinos de Bárbara Baum e Egon Strasser que, mais tarde, serviram de inspiração para Gaultier formatar uma de suas coleções mais famosas. O filme encarna, a cada cena, um conto de violência, paixão e intensa submissão sexual em cenários estilizados e propositadamente artificiais do porto de Brest. Tudo com torres em forma de pênis e outros símbolos pra lá de fálicos.
Lançado em 1982, depois da morte de seu diretor, Querelle é um filme deliciosamente perigoso. Nele não há prazer, mas apenas um tipo de desespero sufocante que faz o espectador se asfixiar no interior de cenários que aprisionam o olhar e o senso em obsessivos tons de amarelo e laranja que ressaltam o calor e o ocaso de uma vida que, se repleta de volúpia, caminha rumo à acidez da autodestruição. Lá, a razão é feita, exclusivamente, de sofrimento. E o próprio sado-masoquismo assim deve ser. Sempre repleto de uma beleza arrebatadora, mas que é contraditoriamente feia, que beira o desgosto e é recheado de amor.
O marinheiro Querelle é puro desejo de fornicação que se expressa na típica selvageria do sexo masculino.O enredo conta um pequeno trecho da vida de um marinheiro amoral cuja sensualidade é oferecida para a admiração e gozo de todos. Depois de matar o companheiro, ele se refugia num sórdido bordel à beira-mar onde começa por descobrir sua homossexualidade. Em outro ponto está Franco Nero, o comandante que sucumbe à seu charme boêmio e masculino. Noutro está Jeanne Moreau, uma cantora recoberta por um glamour desprezível, e que também o deseja. E nessa torrente de desejo não há o menor naturalismo. Toda palavra, toda cena, cada gesto é estudado, artificial, até mesmo a própria abordagem do homosexualidade partir do texto de Genet. O próprio foi um personagem e tanto. Delinqüente, ladrão, presidiário, gay, acabou sendo resgatado por Sartre e Cocteau, que descobriram seu gênio e obrigaram a França conservadora a encará-lo, antecipando processo semelhante ao que ocorreria na Itália com Pier-Paolo Pasolini. Genet não queria compreensão para os homossexuais, não queria integração social.
Quem faz Querelle é o ator Brad Davis, que havia feito Expresso da Meia-Noite, de Alan Parker, em 1978 (com roteiro vencedor do Oscar de Oliver Stone). No Expresso, Davis faz o jovem americano que conhece o inferno numa prisão na Turquia, para onde é levado, por porte de haxixe. Uma estação no inferno – homossexualismo, violência, tortura. O inferno continua em Querelle, mas agora é interno (apesar da violência externa). A homosexualidade é amplamente selvagem, marginal. E nessa perspectiva poderíamos dizer que Querelle é Genet e o próprio Fassbinder já que os três transgridem a si mesmo, são reféns da própria persona.
Uma das frases, “Todo homem mata aquilo que ama”, pontua a subversão em Querelle. Há um crime, que acaba por envolver várias pessoas, as que desembarcam no porto e as que vivem ali. Quem morreu? Quem de fato matou? O que Querelle tem com toda essa história? Fica no ar. Toda a ordem se perverte de uma forma encantadora e fica difícil observar o personagem com olhos que não sejam os da vontade de fodê-lo várias vezes, sem a menor compaixão, em todas as posições possíveis.
(por Fernando de Albuquerque)
QUERELLE - Rainer Werner FassbinderAlemanha/França, 1982
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Cinema!
30.10.11
7.7.10
música
Viðrar vel til loftárása
O Sigur Rós é uma banda de Reykjavík, capital da Islândia, a Ilha de gelo e também terra natal de Björk. A sonoridade post - rock, experimental é notada em excelentes trabalhos da banda como o clássico Ágætis byrjun, considerado pela crítica um dos melhores álbuns da história. Uma curiosidade: muita das letras da banda são escritas em uma lingua inventada pelo vovalista Jón Þór Birgisson a qual o mesmo batiza de "vonlenska" ou algo como esperancês.
Abaixo um dos melhores vídeos da banda, a música se chama Viðrar vel til loftárása (um dia bom para ataques aéreos) do disco Ágætis byrjun. O vídeo de 2001, que começa com um menino brincando de boneca gerou polêmica ao mostrar dois garotos se beijando. A história do clipe se passa na década de 50 em uma cidadezinha conservadora, e é todo em câmera lenta com edições muito bem feitas.
Viðrar vel til loftárása
O Sigur Rós é uma banda de Reykjavík, capital da Islândia, a Ilha de gelo e também terra natal de Björk. A sonoridade post - rock, experimental é notada em excelentes trabalhos da banda como o clássico Ágætis byrjun, considerado pela crítica um dos melhores álbuns da história. Uma curiosidade: muita das letras da banda são escritas em uma lingua inventada pelo vovalista Jón Þór Birgisson a qual o mesmo batiza de "vonlenska" ou algo como esperancês.
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1.5.10
'kutheni', una danza africana para denunciar los asesinatos de lesbianas

Sudáfrica dispone de una de las legislaciones más progresistas del mundo y permite el matrimonio homosexual. Pero una cosa es ser homosexual en los barrios ricos o de clase media de las ciudades y otra bien distinta es serlo en los guetos de la periferia de las ciudades. “Estamos asistiendo a un retorno a la sociedad tradicional patriarcal, algo que se da en todas las sociedades postcoloniales”, explica Vanessa Ludwig, directora de la ONG Triangle, “la violencia contra la mujer va en aumento en general y contra las lesbianas en particular porque ellas son un desafío tajante a esa nueva masculinidad, patriarcal, de control de la mujer”.
Ludwig explica que su asociación recibe diez denuncias al mes por parte de lesbianas que han sido discriminadas, “pero la violencia contra la mujer es tal que a veces se hace difícil saber si la causa de la agresión es la orientación sexual o por ser mujer”. De acuerdo con un reciente estudio de Action Aid, medio millón de mujeres son violadas en el país al año. El mismo estudio denuncia la inacción policial en los casos de lesbianas atacadas: de los 38 casos que se conocen, sólo uno ha sido llevado a juicio. En el asesinato de Sizakele y Salomé la Policía negó el móvil homofóbico del crimen y practicaron unas cuantas detenciones, pero todos los sospechosos fueron puestos en libertad. Sizakele Sigasa, de 34 años y Salomé Masooa, de 23, habían expresado sólo días antes del crimen que se sentían amenazadas en su comunidad, que las discriminaba.
La persecución a las lesbianas en los guetos se convirtió en tema público con la muerte de Eudy Simelane, de 31 años. Su asesinato, en Johannesburgo, fue notorio puesto que ella formaba parte de Banyana Banyana, “las chicas”, como se conoce a la selección femenina de fútbol. Eudy era la más famosa. Pero también están Sibongile Mphelo, asesinada en una población cerca de Ciudad del Cabo justo delante de la comisaría de policía. Thokozane Qaze, de 23 años, cerca de Durban. Zoliswa Nkonyana, de 19 años, apedreada y golpeada hasta la muerte por un grupo de jóvenes en Khayelitsha, (Ciudad del Cabo).
Las ONG de derechos humanos y de defensa de gays, lesbianas, bisexuales y transexuales reclaman mayor acción policial y discursos políticos que vayan más allá de las palabras en el país que se vanagloria con tener la legislación más progresista del mundo, “tenemos la ley, pero no los hechos”, dice Ludwig. ‘Senzeni na?’.
‘Khuteni?’ es una de las primeras obras representadas en Kwamlami, en el barrio de Gugulethu, uno de los guetos más antiguos de la zona. El local, una antigua taberna ilegal reconvertida —con ayuda del British Council—, pretende reactivar las actividades teatrales y culturales del área, una de las más vibrantes de la ciudad. Assista o vídeo!
fuente: ag magazine
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