Literatura
Diane fez um mapa no convite, a estação de trem, a primeira à direita, a ponte, descer a avenida de Stadelplatz, número 5, uma casa, três andares, música, too shy shy, hush hush, eye to eye, uma garagem aberta, um carro, um jardim, mais música, wouldn’t be good to be on your side, Uster, a casa de Diane, Céline traz botas. Eu tenho uma máquina fotográfica na minha mochila. Diane abre a porta, “Tô feliz por você ter vindo”. E Céline? Você não está feliz de ver Céline? Por que eu ? Eu, na verdade, eu estou triste de estar aqui, na casa de Uster, se você soubesse como eu estou triste, Diane, de te escutar, de te ver dançar, de estar na tua festa, de ver o trabalho que você se deu, o champagne, o buffet, os doces, triste no segundo andar quando você me mostra teu quarto, triste de ter aceitado voltar, logo, sim, estou triste de dançar com Olivier, de rir com Céline e as meninas, triste de tirar fotos de você, teu belo rosto, Diane, teus cabelos e teus olhos, como a atriz de Flashdance, tudo isso é de uma tristeza infinita, triste de não saber quem sou, triste a chorar por causa disso, na tua casa, no teu lugar, triste de atravessar teu jardim na neve, triste de te encontrar tão bonita, triste de ter te encontrado. Como isso pôde acontecer, Diane? E esta canção de Elton John, how wonderful life is, when you’re in the world. É horrível que você exista Diane. Eu devo refazer tudo pelo inverso, a infância, o que me foi dito, o homem dos meus sonhos, o príncipe e a princesa, a lenda. Eu não teria medo de fazer amor com você. Isso seria mais que com um menino. Nada faltaria lá. Seria a vida, a Vida feliz.
(Nina BOURAOUI, La Vie heureuse, Paris: Stock, p. 60-61, 2002, trad. livre).
Diane fez um mapa no convite, a estação de trem, a primeira à direita, a ponte, descer a avenida de Stadelplatz, número 5, uma casa, três andares, música, too shy shy, hush hush, eye to eye, uma garagem aberta, um carro, um jardim, mais música, wouldn’t be good to be on your side, Uster, a casa de Diane, Céline traz botas. Eu tenho uma máquina fotográfica na minha mochila. Diane abre a porta, “Tô feliz por você ter vindo”. E Céline? Você não está feliz de ver Céline? Por que eu ? Eu, na verdade, eu estou triste de estar aqui, na casa de Uster, se você soubesse como eu estou triste, Diane, de te escutar, de te ver dançar, de estar na tua festa, de ver o trabalho que você se deu, o champagne, o buffet, os doces, triste no segundo andar quando você me mostra teu quarto, triste de ter aceitado voltar, logo, sim, estou triste de dançar com Olivier, de rir com Céline e as meninas, triste de tirar fotos de você, teu belo rosto, Diane, teus cabelos e teus olhos, como a atriz de Flashdance, tudo isso é de uma tristeza infinita, triste de não saber quem sou, triste a chorar por causa disso, na tua casa, no teu lugar, triste de atravessar teu jardim na neve, triste de te encontrar tão bonita, triste de ter te encontrado. Como isso pôde acontecer, Diane? E esta canção de Elton John, how wonderful life is, when you’re in the world. É horrível que você exista Diane. Eu devo refazer tudo pelo inverso, a infância, o que me foi dito, o homem dos meus sonhos, o príncipe e a princesa, a lenda. Eu não teria medo de fazer amor com você. Isso seria mais que com um menino. Nada faltaria lá. Seria a vida, a Vida feliz.
(Nina BOURAOUI, La Vie heureuse, Paris: Stock, p. 60-61, 2002, trad. livre).
1 comentário:
se entrega, vai!
Uma graça Fer, besos!
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