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Antes de morrer, David Canon Dashiel realizou uma exposição no Instituto de Arte de São Francisco - eua, chamada "Mistérios Queer" (Queer Mysteries), que foi um barraco em 1993. Mas não demorou para que as 28 obras em acrílico em questão entrassem para o acervo do Museu de Arte Moderna de São Francisco. As imagens compõem cenas que retomam o Mural de Pompéia, com a destruição da cidade, relacionando-o com o fim que tiveram Sodoma e Gomorra - sem deixar de ilustrar um ritual de iniciação nos mistérios de Dionísio.
Antes de morrer, David Canon Dashiel realizou uma exposição no Instituto de Arte de São Francisco - eua, chamada "Mistérios Queer" (Queer Mysteries), que foi um barraco em 1993. Mas não demorou para que as 28 obras em acrílico em questão entrassem para o acervo do Museu de Arte Moderna de São Francisco. As imagens compõem cenas que retomam o Mural de Pompéia, com a destruição da cidade, relacionando-o com o fim que tiveram Sodoma e Gomorra - sem deixar de ilustrar um ritual de iniciação nos mistérios de Dionísio.
Alyson Mairi Sime vê no conjunto de obras uma referência moderna à crise d'Aids:
"Seu [do artista] culto de mistério, ameaçado pela perseguição e pela catástrofe iminente, é a comunidade homossexual ameaçada pelo preconceito e devastada por um vírus letal. São Francisco, com sua população gay altamente visível, suas saunas (pré-1984), e suas subversões, não é uma contrapartida moderna inapta à Pompéia Romana. Ao convidar a esta comparação, no entanto, Dashiell, que morreu de Aids no mesmo ano em que criou este trabalho, foi duramente criticado pela direita religiosa.
Mais que qualquer outro artefato antigo, a imagem da Vila dos Mistérios tem se sujeitado à interpretação psicanalítica: se diz que ela representa princípios psicanalíticos, os mecanismos de identificação e até a progressão analítica mesma. Considerando a idéia de Pompéia e das imagens dos Mistérios em particular como o alicerce simbólico da psicanálise ocidental e da identidade psicossexual, o trabalho de Dashiell constitui uma exploração arqueológica da formação de identidades individuais e de grupo.
Empregando um sistema de trocadilhos visuais-verbais semelhantes aos da lógica dos sonhos freudiana, a arquelogia alternativa de Dashiell tanto recobra quando refaz um monumento para as identidades e comunidades queer, no passado, presente e futuro". (Excerto de "Love among the Ruins: David Cannon Dashiell's Queer Mysteries" (Art Journal, Winter, 2004 by Alison Mairi Syme).).
Em 93, a exposição dessa obra conferiu ao artista o Prêmio Adaline Kent, do Museu de São Francisco. A essa altura, ele já gozava de reconhecimento por suas instalações, esculturas, pinturas e arte conceitual, como um dos mais importantes artistas contemporâneos da comunidade de Arte da Área da Baía, São Franciso, eua.
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